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domingo, 28 de fevereiro de 2010

RESISTENCIA MUSCULAR LOCALIZADA

Quando um movimento exigir, para a sua realização, a participação de menos de 1/6 a 1/7 do total da musculatura esquelética , ele é localizado, pois, depende primeiramente do metabolismo local. Se o movimento for realizado várias vezes ou durante um tempo prolongado, ele solicita a capacidade motora conhecida como resistência muscular localizada.

Esse tipo de resistência pode se manifestar , utilizando ambas as fontes de energia, aeróbica e anaeróbica e ainda pode ser dinâmica e estática para ambas.

Tipo Carga (movimento)
Resistência Muscular Localizada Aeróbia abaixo de 20-30% da força máxima do músculo
Resistência Muscular Localizada Anaeróbia 50% ou mais da força máxima do músculo
Movimentos que exigem de 30 a 50% da força máxima de um músculo requerem as duas fontes energéticas , aeróbica e anaeróbica

Resistência Muscular Localizada Aeróbia
Dinâmica
É exigida quando um trabalho dinâmico com grupos musculares de tamanho pequeno ou médio - por exemplo, de um braço ou perna - é executado de forma aeróbica (hollmann, 1980). Através de um treinamento específico esta capacidade é melhorada de 100 até 1000%.

Estática
É quando a força de contração de um pequeno grupo muscular não alcançar 15% da força máxima isométrica, então a circulação local do músculo em trabalho ainda não está prejudicada. Deste modo, a necessidade de energia pode ser preenchida de forma oxidativa.

Resistência Muscular Localizada Anaeróbia

Dinâmica
É exigida quando é executado um trabalho dinâmico, com grupos musculares pequenos e médios - menos de 1/6 a 1/7 da massa muscular total- contra a resistência, que seja de 50% a 70% ou mais da força estática máxima. A sua taxa de treinabilidade está em cerca de 35%.

Estática
Pode ocorrer em duas formas de trabalho:

1) No trabalho de sustentação de um epso de mais de 15% da força máxima de trabalho;

2) Na contração com mais de 50% da força isométrica , onde a duração da carga estática é tão longa
que a participação do trabalho dinâmico pode ser desprezado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Avaliação Antropometrica e Testes Fisicos

Antropometria

A origem da antropometria remonta-se à Antiguidade, pois egípcios e gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo. O reconhecimento dos biótipos remonta-se aos tempos bíblicos e o nome de muitas unidades de medida, utilizadas hoje em dia são derivados de segmentos do corpo.
A importância das medidas ganhou especial interesse na década de 40 provocada de um lado pela necessidade da produção em massa, pois um produto o mal dimensionado pode provocar a elevação dos custos e por outro lado, devido ao surgimento dos sistemas de trabalho complexos onde o desempenho humano é crítico e o desenvolvimento desses sistemas dependem das dimensões antropométricas dos seus operadores.
 

IMC - Indice de Massa Corporal 
 

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal.
Ele foi desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no fim do século XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, ou seja, é um preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cálculo

O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado se sua altura, onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros.
IMC = \frac{Massa}{Altura^2}
onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros. Ou:
IMC = \frac{~massa}{ (Altura * Altura)}

Exemplo

40/(1.49*1.49)=18.017
IMC = \frac{70 kg}{1,75 m * 1,75 m} = 22.86

Classificação

O resultado é comparado com uma tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo:
IMC Classificação
< 18,5 Magreza
18,5 – 24,9 Saudável
25,0 – 29,9 Sobrepeso
30,0 – 34,9 Obesidade Grau I
35,0 – 39,9 Obesidade Grau II (severa)
≥ 40,0 Obesidade Grau III (morbida)

IMC em Crianças e Adolescentes

As crianças naturalmente começam a vida com um alto índice de gordura corpórea, mas vão ficando mais magras conforme envelhecem. Além disso, também há diferenças entre a composição corporal de meninos e meninas. E foi para poder levar todas essas diferenças em consideração que os cientistas criaram um IMC especialmente para as crianças, chamado de IMC por idade. Os médicos usam um conjunto de gráficos de crescimento para seguir o desenvolvimento de crianças e jovens adultos dos dois aos 20 anos de idade. O IMC por idade utiliza a altura, peso e idade de uma criança para determinar quanta gordura corporal ele ou ela tem e compara os resultados com os de outras crianças da mesma idade e gênero. Ele pode ajudar a prever se as crianças terão risco de ficar acima do peso quando estiverem mais velhas. Cada gráfico contém um conjunto de curvas que indica o percentil da criança. Por exemplo, se um garoto de 15 anos de idade está no percentil 75, isso significa que 75% dos garotos da mesma idade têm um IMC mais baixo. Ele tem o peso normal e, embora seu IMC mude durante seu crescimento, ele pode se manter nas proximidades do mesmo percentil e permanecer com um peso normal. A faixa de IMC normal pode ficar mais alta para as meninas conforme elas vão amadurecendo, já que as adolescentes normalmente têm mais gordura corporal do que os adolescentes. Um garoto e uma garota da mesma idade podem ter o mesmo IMC, mas a garota pode estar no peso normal enquanto o garoto pode estar correndo risco de ficar acima do peso. Os médicos dizem ser mais importante acompanhar o IMC das crianças ao longo do tempo do que olhar um número individual, pois elas podem passar por estirões de crescimento.

Limitações do IMC

Há alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem ter um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O IMC também não é aplicável para crianças, sendo que precisa de gráficos específicos. Além disso, não é aplicável para idosos, para os quais se aplica classificação diferenciada. Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.

Método mais preciso

O Índice de Massa Corporal, apesar de conter alguns pontos fracos, é um método fácil no qual qualquer um pode obter uma indicação, com um bom grau de acuidade, se está abaixo do peso normal, acima do peso ideal, ou obeso. Porém, o método mais preciso para determinar se a pessoa está gorda é a medição do percentual de gordura corporal. Tal medição deve ser feita por profissional qualificado utilizando um medidor de dobras cutâneas.



 RCCQ - Relação Coeficiencia Cintura Quadril

Relaciona a circunferência da cintura com o perímetro do quadril. É um indicativo indireto da quantidade de gordura visceral, a gordura que envolve os órgão intra-abdominais. A quantidade de gordura visceral está relacionada com um risco crescente de Aterosclerose e suas conseqüências, como o infarto agudo do miocárdio e o derrame cerebral.


Classificação
Tabela 5. Normas para identificação do risco para a saúde pela relação cintura/quadril (RCQ)
Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
Homens 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94
30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96
40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00
50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02
60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03
Mulheres 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82
30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84
40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87
50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88
60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90


Obesidade
    Hoje em dia se fala muito em obesidade e nos riscos que ela pode trazer para as pessoas que são consideradas estar com sobrepeso ou ate mesmo obesas. Para Costa (2003), uma pessoa é considerada obesa quando o seu IMC for maior ou igual a 30,0 Kg/m2. Já para Wilmore (2000) citado por Bernardes, Pimenta & Caputo (2003), sobrepeso é definido como peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma determinada pessoa, baseando-se na altura e peso. Já a obesidade esta ligada à condição em que o individuo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal.
    Para Pereira, Francischi & Lancha Jr. (2003), a obesidade é considerada como uma epidemia mundial, sendo que no Brasil, as mudanças demográficas, sócio-seconomicas e epidemiológicas, permitiram que houvesse a uma mudança nos padrões nutricionais, como a diminuição progressiva da desnutrição e o aumento da obesidade.
    Um dos maiores causadores de risco coronariano é a obesidade, ou o excesso de gordura corporal.
    Para Parizotto (2002), a obesidade ou o sobrepeso, predispõe uma serie de doenças que são chamadas de patologias modernas, e que são acompanhadas de sintomas como o cansaço, a sudorese excessiva, as dores nas pernas e coluna etc.
    Com isso, para Machado & Sichieri (2002), a distribuição de gordura corporal tem forte determinação genética, mas fatores como sexo, idade e outros comportamentais, como tabagismo e falta de atividade física, podem ser determinantes.
    Sendo assim, quando uma pessoa começa a perder peso, ou ter uma redução na composição corporal, independentemente se foi por uma dieta ou até mesmo por um programa de exercício físico, o nível de colesterol e de triglicéridios se normalizam e isto causa um efeito benéfico sobre a pressão arterial e os diabetes. A obesidade não pode ser um fator primário, mas seu papel como risco coronariano secundário é evidente, ou seja, ela contribui muito na DCC com vários processos patológicos (MCARDLE, 1998).
    Segundo Queiróga (2001), as complicações negativas associadas ao excesso de gordura corporal depende de que forma o tecido adiposo esta depositada no corpo. Com isso, a obesidade central aumenta e muito o risco de doenças cardíacas independente do IMC.
    Uma das formas pra que possa diminuir o excesso de gordura é a pratica de exercício físico. De acordo com Goldberg & Elliot (2001) citado por Santos & Coelho (2003), a atividade física é uma alternativa saudável para a redução do peso corporal, principalmente na redução da gordura corporal. Entres os exercícios mais recomendados estão as caminhadas, o ciclismo a passeio, o trote e a ginástica aeróbia proporcional a capacidade física do indivíduo.


CLASSIFICAÇÃO da OBESIDADE
Quando se deseja classificar a obesidade deve tomar-se em conta que esta é uma enfermidade heterogênea, multifatorial , seja pela sua etiopatogenia, suas características anatomopatológicas,  a apresentação e evolução de seu quadro clínico, assim como pela concomitância ou não de fatores de risco de saúde,  o que determina que se a  classifique  de várias formas, dependendo do fator a considerar.
Segundo o grau de obesidade:
Para isto utilizamos o critério de diagnostico clínico de obesidade baseado no IMC, previamente descrito, o que determina peso baixo, peso normal e sobrepeso ,e que por sua vez  se divide em pré obeso e obesidade grau I, II e III.
Segundo sua distribuição de gordura:
Dependendo do seguimento corporal predominante  se divide em três grupos:
a) Generalizada
b) Obesidade andróide também chamada troncular ou central  e se relaciona com  a forma de uma maçã, sua presença se relaciona com alto risco cardiovascular.
c) Obesidade ginóide: se caracteriza por um depósito aumentado de  gordura nos quadris, comparada com uma pêra, sua presença está relacionada com um risco maior de artroses e varizes.
Segundo idade de início:
A obesidade pode iniciar-se a qualquer idade, contudo marcou-se como grandes grupos de início:

a) Inicio na infância
Identificou-se  três períodos críticos para o início da mesma, um é durante o primeiro ano de vida  na qual o  tamanho das células adiposas quase se duplica e não o número; um segundo período está entre os  5-7 anos de idade, que está associada com aumento progressivo do número de células adiposas
Este tipo de obesidade se caracteriza por  mudanças anatomopatológicas que provoca hiperplasia das células. Adquire singular importância, uma vez que se demonstrou que um bom número destes  indivíduos que tem obesidade na infância se mantêm obesos na idade adulta.
b) Adolescência:
É importante pela relação existente com as alterações hormonais, se caracteriza pela hiperplasia dos adipócitos, e o impacto psicológico que representa e sua relação com o desenvolvimento de transtornos da conduta alimentar.
c) Inicio na idade adulta:
Freqüentemente a obesidade se desenvolve depois da puberdade, sendo na mulher a gestação, seu ponto de início,  e no homem o período de transição entre a adolescência, com um estilo de vida ativo a uma idade adulta caracterizada pelo sedentarismo.
Seu padrão anatomopatológico é a hipertrofia de células gordurosas.
Segundo fatores etiológicos:
Existe uma variedade de fatores etiológicos associados com o desenvolvimento da obesidade, como  genéticos, alterações endócrinas e outras como se pode evidenciar na tabela  3


Tabela 3:
Classificação etiológica da obesidade
Obesidade por desequilíbrio nutricional
  • Dietas ricas em gorduras (saturadas)
  • Dietas de cafeterias
Obesidade por inatividade física
  •  Sedentarismo
  •  Imobilidade forçada
  •  Velhice
Obesidade secundaria às alterações neuroendócrinas:
  • Síndrome hipotalâmica
  • Síndrome de Cushing
  • Hipotiroidismo
  • Ovários policísticos
  • Pseudohipoparatiroidismo
  • Hipogonadismo
  • Déficit de hormônio de crescimento
  • Insulinoma e hiperinsulinismo
Obesidade Secundária a drogas
        
  • Psicotrópicos
    glucocorticóides
    antidepressivos tricícilicos
    lítio
    fenotiazinas
    ciproheptadina
    medroxiprogesterona
  • Cirurgia hipotalâmica
Obesidade genética
  • Herança autossômica recessiva (Sd. Bardet Bield, Ahlstrom, Cohem, Carpenter)
  • Ligada ao X
  • Cromosômicas(PraderWilli)
  • Laurence Mond Bild
  • Déficit de leptina
  • Mutação do receptor de leptina
  • Mutação de receptor POMC
  • Mutação do gene de proconvertase (PC1)
  • Mutação de receptor de metacortina (MC4R)
BRAY, G. Obesidad. En OPS-ILSI,  Conocimientos actuales en Nutrición,  sexta edición, OPS, publica científica No. 532.-614, 1992.


Doenças coronarianas
    As doenças relacionadas ao coração estão sendo muito estudadas nos últimos tempos, pois, deve se ter um cuidado muito especial no que se diz a respeito do aparelho circulatório, e mais ainda com o coração, pois ele é a bomba do nosso corpo, ou seja, se há um comprometimento desta bomba o nosso organismo não funciona como deveria.
    Segundo Costa (2004), doenças como a diabetes, coronariopatia,, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, males hepáticos, apoplexia, dificuldades biomecânicas, entre outras, representam gastos diretos e indiretos de atenção a saúde.
    São diversos os fatores de riscos primários que levam uma pessoa a adquirir doenças cardiovasculares, tipo hipertensão, tabagismo, e há também os fatores de riscos secundários que são, o sexo, a idade, a falta de atividade física, excesso de gordura, o diabetes mellitus, o estresse e histórico familiar.
    Sendo assim, muitos pesquisadores tentam elaborar anamneses e tabelas cientificas, buscando com isso qualificar o desenvolvimento ou favorecimento de alguma doença coronariana. (PITANGA, 2004).
    Atualmente sabe-se que o acumulo de gordura no corpo é um risco para a saúde, mas um outro fator que se deve considerar é a distribuição desta gordura pelo corpo. As pessoas com gordura excessiva no tronco em comparação com a parte inferior do corpo tem alto risco de vir a desenvolver a doença cardíaca coronariana (DCC). A DCC é um componente (junto com o acidente vascular cerebral) de doença cardiovascular (DCV).
    Uma das formas de se tentar prever se o individuo está propenso a desenvolver uma coronariopatia é utilização da Relação Cintura-Quadril (RCQ). A RCQ é fortemente associada a gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal (MATSUDO, 2002).
    Com isso deve-se levar em conta que um alto índice é indicio de obesidade na parte superior do corpo, e esta obesidade esta associada a um risco de doenças como adiabetes, hipertensão, e principalmente a doenças coronariana.
    Para Mcardle, Katch e Katch (1998) doença coronariana, consiste em geral em alterações degenerativas na intima, ou no revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o músculo cardíaco.
    As coronariopatias são consideradas uma epidemia na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas. Segundo Mcardle et all (1998) a DCC é responsável por causar mais de 550.000 mortes por ano.
    Para Bray (1990) citado por Salve (2006), há uma forte associação entre a obesidade e as doenças cardíacas, diabetes mellitus,etc.